terça-feira, 29 de outubro de 2013

Liliths, Evas, Luas e algumas flores...


Uma crônica
"Mal amada" não é nome de flor. Amor perfeito é. Orquídea também, véu de noiva, crisântemo. Violeta é uma menina flor. Cravo é uma flor considerada macho e "bem me quer" é uma flor muito romântica. Trevo da sorte também é uma flor que existe além de quem acredita nela.
Mas mal amada? não pode ser flor algo com tamanho carma no nome. Mas elas existem, não em formato de flor (nem perto disso) mas em formato de mulher.
Mulheres mal amadas não falam, elas gritam. Mulheres mal amadas não argumentam, elas berram mais ainda e gesticulam com as mãos. Mulheres mal amadas não respiram, engolem o ar seguidamente pois precisam de tempo sem pausa na própria fala para ter razão. E para ter razão gritam mais ainda de forma constante e repetitiva. E para gritar mais ainda colocam palavras na sua boca que não foram ditas por você, mas interpretadas erroneamente por elas (que não respiram, não ouvem, não olham nos olhos do interlocutor) e praticamente falam, discutem e berram com elas próprias. Mas elas enchem o saco, transbordam a paciência de quem por algum motivo "precisa" dar um recado, ou dizer algo.
Eu tenho Marte no paciente (?) e acomodado signo de Touro. Vou bem na diplomacia taurina até que encontro uma mal amada no dia exato em que por onde ela passa as flores de todos os nomes murcham.
E hoje aconteceu. Dei de cara com uma delas, dei o recado e uma onda inimaginável de #%*¨##!?/#@ zirigudum veio até mim.
E como meu Marte tava de folga de Touro, abri a garganta e disse apenas a palavra mágica "foda-se" (abracadabra!)
- O quê???? Heinnnnnn???? Hãããaãããããããã!!!! - cospe fogo, cospe fogo, engasga.
Entenda como quiser.
Às vezes a gente se surpreende.
...

Um conto
E o sopro do Universo criou o primeiro ser, Lilith. Surpresos, os deuses perceberam que algo saiu "errado" pois Lilith era uma mulher inteligente, bonita , forte e não queria obedecer aos caprichos do seu semelhante Adão, tbem criado do mesmo pó mágico da criação.
Lilith tinha opinião própria, era vulgar na sua selvageria criativa, era sexual e orgástica, e também muito feminina. E como pensava de forma intuitiva, criava a vida por onde passava, inclusive de sua inspiração brotaram as flores e a beleza do mundo. Os deuses (machistas desde sempre) ficaram incomodados com esse comportamento e a expulsaram do "paraíso" para bem longe pois ela precisaria obedecer a Adão, e perceberam que ela tinha opinão própria, pois se ela não concordava , simplesmente não fazia. Não tinha como "comprar" Lilith; vem dela toda a força e verdade da essência do feminino. Mas enfim, expulsa e massacrada, ela convenceu o deus Vento a deixá-la viva e livre pelo mundo. Em seu lugar, os deuses criaram Eva como parceira de Adão e dessa vez , para não ter erro, a partir de suas costelas - assim ela seria considerada um ser "inferior" e mais fraca, e não poderia argumentar mais nada.
Eva foi criada cheia de encantos e sedução para ser parceira do homem em total submissão e concordância. Porém, Eva logo soube da existência de Lilith, e incomodada com a sua beleza e força intuitiva, logo inventou um jeito de contar mentiras e inventar fofocas sobre ela, criando sem querer e saber, os primórdios das inimizades femininas que perduram até hoje.
Eva, a santa. Lilith, a puta. E assim reza a lenda. E assim e desde sempre, muitas vezes as mulheres esquecem a beleza e a força que têm. (Talvez mal amada seja mesmo uma flor venenosa e desconhecida, que habite o mais feio em todas nós).

Um céu em crônicas
Texto e Fotografia Ekatala Keller
Astrologia&Arte
Ipanema/Rio de Janeiro

domingo, 27 de outubro de 2013

Plutão, eis a questão!


Novembro escurece de profundidade o dia e aprofunda a noite em sensação. É tempo de escorpião, tempo de transformação e de reflexão: quanto eu conheço da minha própria luz? 
É tempo de soltar os "nós" e se permitir um salto quântico, não sem antes mergulhar profundamente nas dores do corpo e da alma. Não existe parto sem antes ter havido um processo de gestação, de espera, de amadurecimento. Não existe parto sem libertação, sem desapego e principalmente, sem confiança na vida. Isso é o que aprendemos nas casas e aspectos do mapa astral relacionados com as águas profundas e misteriosas do signo de escorpião.
É um momento onde as paixões afloram, onde o sexo ganha novo significado, onde a intimidade reluz em desafio. É um momento onde o renascimento ganha mais sentido, onde a luz aparece de onde menos se espera e as pessoas revelam seus verdadeiros interesses e posicionamentos. É um momento onde a verdade atropela o ego, e as palavras sinceras ganham força.
É um convite para fazer as pazes com tudo que ficou no passado, liberar as mágoas e conhecer livremente a própria espiritualidade. Um momento para olhar o velho com novos olhos, perdoar o que passou, e reconhecer a dignidade do morrer. E transcender. E renascer, ad eternum.
É um momento para fazer de seu. Que tal aproveitar?
Um céu em crônicas, por Ekatala Keller
Fotografia de Alexandre Devananda
Astrologia&Arte
Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mapa astral

A vida é feita de escolhas e de muitos caminhos. 
O mapa astral é uma leitura dessas estações. Uma manhã de Júpiter e de folhas q caem. 
Bom dia céu dos mundos reais. Amar é preciso.
Ekatala Keller
Astrologia&Arte
Ipanema/Rio de Janeiro