quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O sol é para todos. E a lua também.

Hoje pela manhã atendi a uma ligação de um jornalista me pedindo - na melhor das intenções - para que eu falasse sobre os aspectos do racismo na astrologia, pois estava incumbido de ilustrar uma matéria sobre o assunto que está repercutindo não somente no Brasil, mas também nos USA, sobre a acusação na mídia de um casal de clientes contra uma concessionária de carros de luxo no Rio de Janeiro. O motivo seria o racismo praticado contra o filho adotivo deles, de 07 anos, que é negro.

Surpresa com a proposta, eu expliquei que a astrologia é um ensinamento em linguagem universal, e engloba todas as áreas da vida, do comportamento aos princípios humanos e a vida em sociedade. Mas na minha visão, a astrologia não deve ser usada de maneira a “justificar” as incoerências e imperfeições geradas pelos condicionamentos íntimos e sociais, ou qualquer tipo de preconceito e de posicionamento humano. A isso cabe à justiça.

E confesso que mesmo o convite sendo feito em tom imparcial, eu não aceitei por uma simples razão: O que de mais importante a astrologia me ensinou é que existe lugar para todos os tipos de elementos, signos e mapas seja qual for a sua personificação, da mesma maneira que existe lugar para todas as pessoas independente de credo, raça, idade, sexo ou nacionalidade. E a astrologia não é responsável por situações onde muitas vezes o ser humano se posiciona de maneira irresponsável e inconsequente, gerando no mínimo, discriminação. O “homo sapiens” ainda precisa evoluir muito para perceber a vida leviana que leva e de tantas futilidades que embasam o chamado desenvolvimento. E na minha resposta, certamente, eu seria parcial.

O sol é para todos. E a lua também.

Ekatala Keller
Fotografia de Alexandre Devananda
Astrologia&Arte




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