terça-feira, 13 de novembro de 2012

Os filhos do sol sem pai

Ah, a figura do pai. A imagem do provedor, a cultura do patriarca. Quanto vale o amor paterno?

É impossível medir a importância desse camarada no decorrer da vida. Só quem teve o amor do pai pode significá-lo. E 
não falo do pai de corpo presente, nem do pai genético. Muito menos do pai tirano e do pai confuso. Falo aqui do pai companheiro, do sábio que acolhe o filho e faz dele um guerreiro valente na arte de viver.

Para a astrologia, o pai é o Sol, ou seja, nada menos que o essencial. Nem a Lua, a representação da mãe, é de tamanha atuação na busca pela plenitude existencial. Explico.
A energia do sol habita a casa 05: a casa dos filhos, dos descendentes, do prazer, do instinto sexual, da criatividade, da celebração em toda a sua forma, do tesão em seguir, significar e conquistar os valores e princípios de uma vida. É a casa da busca pela preservação da espécie e do seu desenvolvimento em expansão criativa, a casa de todos os cuidados de forma livre e absoluta, sem apego e/ou sentimentalismo (leia-se Lua) e sim com desenvoltura e liberdade. O sol é fogo, e o fogo é a força de toda coragem, transmutação e alquimia.

A essência da liberdade em busca do sentido da própria vida, eis o pai! E eis aqui, astrologicamente, o que ele representa: aquele que cuida, apoia, auxilia, ensina, inicia e torna livre para as conquistas individuais relacionadas às conquistas do meio do céu no mapa astral.

Mas, difícil entender quem nunca teve presente e de forma saudável a figura do pai ou de um representante masculino afetuoso à altura. Ou, na pior das hipóteses, teve um pai despreparado para esse desafio e que se desenvolveu sem rumo, os (inúmeros) filhos do sol sem pai.
Triste, pois é uma referência que mais cedo ou mais tarde, poderá significar muito no momento de escolher/responder a pergunta que sempre ecoa fundo quando à frente de uma encruzilhada: e agora, o que fazer?

Mas como a vida é sábia, abençoa de potenciais e encantos todos aqueles que se arriscam (com ou sem pai) nas esferas de seguir caminhando e cantando e (talvez!) seguindo uma canção.
Dedico esse texto a todos eles, com um beijo e um raio de sol!

Além da Astrologia
Texto e Fotografia Ekatala Keller




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