domingo, 18 de março de 2012

Lilith ou Liberdade? Igualdade.

A outra face da Lua


Conta a lenda que Lilith foi a primeira mulher de Adão e que o abandonou partindo do jardim do Éden. O motivo? Não aceitou se submeter a ele de forma desigual, pois como primeiramente foi Adão que tomou forma, queria dominá-la de todas as maneiras. Lilith não aceitou a desigualdade e o abuso contra ela e imediatamente eles começaram a brigar:

"Por que devo deitar-me embaixo de ti?

Por que devo abrir-me sob teu corpo?

Por que ser dominada por ti?

Eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual."


Então Lilith se associou ao vento e como tinha o dom da intuição utilizou do elemento água como um portal enigmático e resolveu ir embora do paraíso no exato momento do pôr-do-sol, voando para o seu misterioso mundo da percepção em busca da liberdade. E ao cair da noite, nasceram as estrelas e todos os tipos de arte.


Adão ficou furioso com a partida de Lilith e como ficou sozinho, logo em seguida foi criada Eva, dessa vez não mais a partir do pó da criação e sim através da costela de Adão, para que não mais houvesse rebeldia e a mulher fosse tida como servidora ao homem.

Como a sua existência não poderia ser simplesmente ignorada, Lilith ficou injustamente associada à magia negra e a vadiagem. Assim, surgiu a fofoca e a intriga no planeta terra e as mulheres passaram a ser classificadas em Liliths - levianas e rebeldes, ou em Evas - santas e devotas ao lar. A estória foi completamente distorcida, e a força feminina passou a ser temida e incompreendida. As inimizades entre as mulheres ganharam força e todas foram prejudicadas.

E como não poderia ser diferente, como resultado nasceu a ideia machista da criação. E talvez Lilith seja a primeira feminista a não se subjugar aos atos desrespeitosos impostos contra a mulher desde os primórdios. O seu nome passou a significar “aquela que se apoderou da luz”. No decorrer do tempo, as mulheres resgataram a força da energia lunar e conquistaram a liberdade em igualdade de direitos e de deveres.

Misteriosamente, nos dias de hoje, somente uma mulher metade Eva, metade Lilith, pode realmente ser feliz e fazer feliz aos que convivam com ela, pois quando respeitada e amada, pode levar ao deleite dos prazeres mais profundos do corpo e da alma, onde não existe a miséria emocional nem a força bruta e onde o coração é a maior dádiva: a liberdade onde o amor sincero e incondicional existe. Talvez, o verdadeiro Jardim de Éden.

Ekatala Keller



Astrologia


Para a astrologia, Lilith é a lua negra. É a busca pela própria verdade e afirmação. Lindamente encantadora, secreta, sensual e fascinante.

Representa a liberdade de opinião, o direito de escolher e de dizer "não" a todo o tipo de violência e agressão.


Significa as experiências infelizes vividas na infância, e toda forma de abuso que a criança possa ter sofrido: físico, moral ou sexual.

Também pode significar os talentos criativos pueris que foram expressados pela força da repressão e da omissão dos pais ou do meio social em que foi criada.

Além da Astrologia, um livro de Ekatala Keller
Fotografia de Alexandre Devananda

Contato pelo site http://ekatala.com.br

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